Por: Paulo Reis

Quando se pensa em processos judiciais e administrativos, considerando os diversos Tribunais e Órgãos Brasileiros, com os altíssimos prazos médios de tramitação e impressionantes índices de crescimento do número de processos, e, sobretudo, levando em consideração os inúmeros sistemas de tramitação, o modus operandi de cada julgador, a morosidade do sistema e a complexidade de cada procedimento, podemos facilmente imaginar todos os desafios para realizar uma eficiente gestão processual.

Assim, é de extrema importância pensar também na melhor forma de gestão, pois as necessidades e possibilidades que se apresentam para cada processo são de extrema importância para alcançar o resultado desejado. Acompanhar e antever andamentos, controlar os prazos (inclusive da outra parte), pensar na melhor estratégia de atuação, na melhor forma de realizar o protocolo, na realização de audiências com magistrados, assessores e chefes de gabinetes são ferramentas fundamentais para o bom desenvolvimento do processo.

Atrelado a essas ferramentas, o processo eletrônico possibilita maior acessibilidade, interação e agilidade nos trâmites processuais, sendo importante trabalhar de forma aprofundada, atenta e próxima ao sistema, aos dados, com o planejamento, com a modelagem, simulação, execução, monitoramento e melhorias de práticas e procedimentos de gestão processual.

Existem diversas formas de se acompanhar processos e procedimentos com eficiência e produtividade, utilizando de inovações tecnológicas, como inteligências artificiais, formas de automações, Business Intelligence (BI) e métricas jurídicas (Jurimetria), ligadas a procedimentos seguros e personalizados com interação humana, além de um bom sistema de Customer Relationship Management (CRM) com os clientes externos.

Acompanhar um processo de forma instantânea possibilita um ganho enorme na sua celeridade, na antecipação dos acontecimentos e até mesmo em termos de agilidade. Todos esses fatores, ligados a uma boa comunicação interna e externa, trazem diversos benefícios, como melhor utilização e aproveitamento do tempo, aumento na eficiência, produtividade e qualidade dos serviços, redução de custos, retorno de investimentos (ROI), indicadores chaves de desempenho (KPI) e possibilita legitimar tomadas de decisões. Para que todos esses benefícios possam efetivamente ser alcançados, é importante aplicar o conhecimento humano no software jurídico devidamente personalizado e preenchido, com robôs de automação, construindo na prática, por exemplo, uma equipe especializada em gestão processual, formada por advogados e estagiários de direito que exercem funções de gestão ligadas especialmente ao controle de prazos, acompanhamento processual e os relatórios.

Portanto, tendo em vista todo o contexto dos processos judiciais e administrativos no Brasil, os mecanismos de gestão processual e as inovações tecnológicas exercidas em seu alto nível de execução e eficiência são tão importantes e fundamentais quanto a atuação cuidadosa em relação ao direito material e processual. Somados, a gestão processual e a competência técnico-jurídica, aumentam as possibilidades de que o processo possa se tornar mais célere e efetivo, resolvendo de fato as necessidades da sociedade.